quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!" Sigmund Freud

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

"Tô triste..."

Eu não sei bem como começou, mas suponho que tenha sido uma pelezinha ressecada pelo sol, a verdade é que Bady não deixa o lábio superior sarar! Sabe aquela pontinha no meio dos lábios? Que sempre ressaca com o sol? Bem aí: vira e mexe, pego Bady puxando a pelezinha e vai embora a casquinha!

Já rolou conversa, já rolou "ameaça" ("sua boca vai ficar ferida e quando você for comer pipoca vai arder"), e agora apelamos para o batom (o roll-on de manteiga de cacau). Vamos ver se resolve!

Mas, o que quero registrar é mais uma tirada dela. Terça-feira, fomos comprar os uniformes dela. Na volta, ela sentadinha na cadeira, Beto dirigindo e eu do lado dela. Ela coloca a mão nos olhos, abaixa a cabeça e diz: "Mamãe, tô triste!". Antes de rir, eu perguntei porque ela estava triste. Aí, ela me respondeu: "Minha boca...Bady fica puxando...tô triste!". Mandei a Bady parar de puxar!

Todo dia tem uma boa dela. Aliás, toda hora! Ontem, eu estava falando do novo cachorro do tio Bé, o James. Ela perguntou: "James?". À minha resposta afirmativa, ela respondeu: "Parece Jakers!". Jackers é um desenho da Discovery Kids.

Hoje foi nossa 3a noite sem o leitinho da meia-noite e o da madrugada. Ao contrário das noites anteriores, ela chorou "cabou leitinho!". Ai, que dó! Mas, como a decisão não foi arbitrária e nem sem razão, dei colinho, musiquinha, embalo e tudo ficou bem.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Rapidinhas

Entramos na fase do desfralde. Haja pano de chão e calcinha! Já estamos no 5º dia da rotina matinal: xixi e cocô no vaso. Lógico que tem "xau, totô!".

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Bady está na fase de repetir tudo que a gente diz. Sexta, ela ficou repetindo a minha narração da rotina do dia: vamos na casa de vovó; depois, vamos passear com ela...Depois da conversa, ela sai saltando a amarelinha emborrachada e afirmando "Bady fala tuuuudo!.

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Uma do carnaval: entramos numa delicatessen e estava tocando Daniela Mercury. Bady anda uma paixão só pela "Dani"...segue nosso diálogo:

Eu: Bady é a Daniela quem está cantando.
Bady: Daniela, vovó.
(Outra música)
Bady: Daniela, mamãe?
Eu: Não, agora é Ivete.
Bady: Ivete, vovó.
(Outra música)
Bady: Ivete, mamãe?
Eu: Não, agora é Claudinha
(Analisando)
Bady: Parece Ivete!

Até tu, Brutus??!!!

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No passeio de sábado, perto da hora de virmos embora, eu iniciei nossa contagem. Para quem não sabe, eu sempre encerro uma atividade avisando "Eu vou contar até x. Quando eu acabar, nós vamos embora", por exemplo. Dependendo da atividade, da pressa e da importância, a contagem varia de 3 a 10 (um critério bem subjetivo, mas, garanto, bastante compreensivo).
Bady, como sempre, já incorporou esse procedimento.

Voltando ao sábado....combinamos que eu iria contar até 10 e iríamos embora. Ela estava brincando naqueles módulos de plástico com várias escadas, escorregadores, tunéis, etc. O percurso dela era subir uma escada atravessar toda extensão do brinquedo e escorregar num escorregador curvo. Quando eu cheguei no "6", ela começou a subir e descer escadas. Deu na cara que queria me enrolar!! Esperta até não querer mais! Mas, mantive minha palavra, sinalizei que tinha percebido a esperteza e continuei a contagem. Quando eu disse "10", sem dramas, ela diz: "Xau, binquedo!".

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Hoje teve consulta pediátrica. Como sempre, tudo 100%. Bady, com quem eu vinha conversando há uns dias sobre a consulta, foi extremamente colaborativa, nem abaixador de língua precisou usar!

A pediatra me convenceu a cortar o leitinho da noite e da madrugada. Ela, assim como Beto e minha mãe, insistem que isso era um hábito e não uma necessidade. Eu até pensei em fazer isso progressivamente, mas, numa das nossas conversas, ela concordou em não tomar mais leite. Pensei que era algo da boca para fora, afinal uma criança de 2 anos nem sempre consegue calcular as conseqüências desses acordos.

Hora de dormir: banho + escovação dos dentes + oração + emabalo e musiquinha. Não pediu o leite!

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- Bady anda um pouco.
- Não, estou cansada.
- Cansada de quê?
- De peguiça.

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- Bady não faça isso, você vai se machucar.
- Mamãe, vá lava a louça.




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

E o carnaval acabou


No mesmo esquema de 2007, eu e Bady mudamos para a casa dos meus pais no carnaval. Moro numa região próxima ao circuito Barra-Ondina, e isso nos deixa sem condições de ficarmos em casa.

Esquema punk porque vinha em casa todos os dias, dava um suporte para Beto e voltava para casa dos meus pais. Fazer isso nessa confusão do carnaval é um stress! O consolo é que passa rápido! Estamos de volta!! Dormir em casa, com a família toda reunida, não tem preço!

Bady está cada dia mais engraçada. Estou curtindo pacas ver o amadurecimento físico e psicológico dela. Vou relatar brevemente alguns acontecimentos recentes:

  • Durante as atividades do clubinho de férias, Bady se interessou por atividades novas. Entre elas, rasgar revista e colar. Sexta-feira, ela sentou na mesinha dela na casa dos meus pais e começou as atividades de colagem. Dessa vez, não quis rasgar as páginas das revistas em pedaços pequenos. Pediu-me para rasgar as páginas e começou a colá-las umas sobre as outras numa folha de papel pardo. Escolhia o lado para ficar visível, virava a página, passava cola e colava. Essa atividade era feita num ar de concentração absurda! Bem, o desperdício de cola também era um absurdo! Lá pelas tantas, ela começa a chorar. Eu estava lendo, virei logo para socorrer quando percebo a razão do choro: a cola tinha acabado! Nunca vi um choro tão sentido!! Um lamento verdadeiro entremeado pela frase "vai passar, vai passar, mamãe!". Mamãe, psicóloga (que sina!!), vai logo explicando e exemplificando (sabe o suquinho?) que tudo tem fim...Nada que o colinho de mãe não acalme! Ah, prometer mais um vidro de cola também funciona!
  • Um dos presentes de aniversário da Bady foi uma bicicleta. O velocípede dela é bem vagabundinho, comprado com o propósito de treino. Como ela já estava pedalando, ficamos entre comprar um velocípede/triciclo ou uma bicicleta. Depois de refletir, decidimos comprar uma bicicleta aro 12 também barata para testar aptidão e gosto. Depois de 1 mês, Bady finalmente se interessou pela bicicleta. Começou pedalar a magrela há mais ou menos 2 semanas e já virou exímia ciclista!! Como andar normalmente já perdeu a graça, desde sábado que só quer andar em pé!
  • Ontem, estávamos passeando e vimos um menino no colo de uma mulher, que para Bady é a mãe (lógico). Aí, ela me diz: "menino te amo mamãe. mamãe também te amo menino. Bady te amo mamãe, te amo papai, te amo vovó, te amo vovô...". Que lindo!!
Depois de um dia de reencontros com brinquedos, com os vídeos preferidos do youtube e com o pai (que estava praticamente sem ver desde 6a-feira), minha pequena dorme como um anjo na nossa super king size!

Foto: O pai (camiseta amarela; Beto) trabalhando enquanto o povo se "acaba".

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A pilota

Para variar, faz um tempão que não registro nada. Eu estou anotando algumas coisas na agenda. Qualquer hora dessas, eu paro e escreve as últimas de Bady.

Sábado foi mais um dia de peregrinação em Salvador procurando um lugar para Bady brincar. Nesse sol soteropolitano, ficamos sem opção nenhuma!! Decidi ir à sede. em Salvador, da ONG Saven the Children . Infelizmente, fechada. Como já estávamos por perto, fomos ao Aeroclube, que está em reformas, mas o playland continua funcionando.

Apesar do estado do playland, a parte das crianças pequenas é bem interessante. Bady se divertiu muito junto com seu amiguinho Lucas.

Para variar, ela sempre arruma um jeito de fazer uma graça. Quando estávamos saindo, ela resolveu sentar na cadeira de um jogo de pilotar carros. Ato contínuo ao seu sentar, começa o demo do jogo: um carro dentro de um túnel fazendo uma curva a direita. Não deu outra: ela virou o volante para a direita, se inclinou e gritou "uhuuuuuuuu"!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Só para registrar...

Ontem foi o primeiro dia de Bady no clubinho. Ela parece que vai se adaptar muito bem ao esquema "escolinha".

Volto depois para contar detalhes.

*********************************Os detalhes*********************************

Quando saímos da escolinha no primeiro dia, comentei com Bady que no outro dia ela iria ficar sozinha porque eu teria que ir ao Banco, fazer compras, e seria muito cansativo para ela. Ela logo me pediu para ficar na casa da avó, mas expliquei que vovó também precisaria sair para resolver algumas coisas, e que eu achava melhor ela ficar na escolinha para brincar.

Como faço sempre, antes de dormir, voltei a tocar no assunto, e perguntei se estava tudo bem assim. Ela disse "certo,mamãe. Bady sozinha na 'tolinha'". (tolinha = escolinha)

No dia seguinte, lembrei o que iria acontecer e ela repetiu a mesma resposta. Ao chegarmos na porta da escola, eu me abaixei para repetir a ladainha, ela me interrompeu e disse "certo, mamãe. pode ir. xau. beso".

Todos os dias do clubinho de férias foram assim, relax, sem choro e nem drama. Algumas vezes, me dispensava do carro!

Fiquei feliz! Gosto da independência e da auto-confiança dela.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Clubinho de Férias

Já tínhamos decidido que Bady iria para escola esse ano, 2008. Meus planos eram mandá-la só com 3 anos, mas considerei algumas coisas: 1) Optamos por não ter babá. Então, desde que voltei a trabalhar, quando ela tinha 5m16d, divido os cuidados dela com minha mãe. Ao longo desses 2 anos, minha avó materna tem ficado cada vez mais dependente, o que acaba sobrecarregando minha mãe. Como babá está completamente fora de cogitação, melhor a escolinha; 2) Bady convive com poucas crianças. No nosso prédio não tem; no prédio da minha mãe também não. A maioria das crianças da idade dela estão na escolinha, o que faz da missão de encontrá-las em parques e praças (espaços escassos em Salvador) uma "missão impossível"!. Meu sobrinho passou 10 dias aqui conosco. Ele é 7 meses mais velho do que Bady. Pude perceber o quanto ela está precisando de conviver com crianças da idade dela. Foi uma farra!! 3) Bady amadureceu muito e tem exigido muito lazer. Eu estou frustrada em não puder proporcionar na medida que ela precisa. No meu prédio não tem play; pelo trabalho do meu marido, eu administro a casa praticamente sozinha a maior parte do tempo, ou seja, tenho que pagar contas, fazer compras, etc. Às vezes, ela acaba me acompanhando. 4) Nesses 2 anos, consegui fazer o que sempre pensei em relação à maternidade: ser mãe full time. Embora tenha trabalhado até agosto do ano passado, minha principal missão foi ser mãe. Estive com Bady durante o maior tempo possível, me envolvi nos mínimos detalhes da sua vidinha, amamentei até 1a9m, praticamos cama familiar, e ela foi nossa prioridade no. Zero! Agora, preciso dar conta da minha pós (muitas atividades atrasadas!!!), me concentrar no meu projeto para o mestrado, e voltar a trabalhar. Estou precisando focar um pouco em mim.

Diante da questão de falta de opção de lazer, tomamos uma outra decisão: Bady vai para o clubinho de férias da escola que ela vai estudar 3 vezes/ semana, meio-período, durante o mês de janeiro. Ela está empolgada e já sabe o que vai fazer hoje, seu primeiro dia: "banho mãeira, lavá binquedo, comê popopi". Traduzindo: tomar banho de mangueira, lavar brinquedos e comer pipoca. Esse período também vai servir de período de adaptação para todos que estamos acostumados de ficar juntinhos a maior parte do tempo.

Uma amiga me perguntou se eu me sentia culpada por esta decisão. Eu até já tinha refletido sobre isso enquanto fazia a matrícula dela...eu não me sinto culpada!! Eu me sinto realizada!! Pude cumprir quase 100% do meu ideal de maternagem para os primeiros anos de vida, e encaro isso como mais um passo do desenvolvimento e amadurecimento dela. Tenho uma pessoa sensacional se desenvolvendo ao meu lado!! Super social, carinhosa, curiosa, espontânea e muito alegre! Estou louca para ver suas potencialidades se desabrochando nessa nova fase da vida dela.

Porém, apesar de tudo isso, estou super ansiosa em relação à essa nova etapa...